Em entrevista para o site: www.mulher.com.br. Dra. Ana Paula Junqueira Santigo, Ginecologista, Obstetra e Sexologa do Hospital São Camilo de São Paulo, fala um pouco sobre libido.

Preguiça de sexo?

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O que fazer quando a falta de desejo envereda sob os lençóis e tudo o que se quer é bancar a Bela Adormecida e cair no sono por exatos cem anos?

É noite e chega a hora de dormir. Bons sonhos a aguardam. Os lençóis cheirosos, travesseiro macio e a vontade de se esparramar e entregar-se ao mais tranqüilo dos sonos é simplesmente irresistível. Os olhos se fecham, mas eis que a porta do quarto se abre e lá vem o príncipe encantado, doido por uma noite de amor. Só de pensar em tirar a camisola e entregar-se a gemidos e sussurros a faz…. ter ainda mais preguiça. O jeito é fingir que está sonhando com os anjos e não ceder aos beijinhos nas costas, ombros e nuca.

NINGUÉM ESTÁ IMUNE

Vai entender! Há alguns anos, a solidão era preocupação constante e contemplar o travesseiro vazio ao lado quase a levava às lágrimas. O que teria acontecido? Não importa cor, raça ou classe social. A falta de libido é absolutamente democrática. Todas, com raras exceções, enfrentaram, enfrentam ou um dia irão enfrentar a preguiça quando o assunto for sexo. “Já cheguei a inventar que precisava acordar cedo no dia seguinte só para me livrar das garras do meu namorado. E não tinha nada a ver com amor, porque eu tinha certeza de que era apaixonada por ele, mas a vontade de dormir era muito maior”, confessa a universitária santista Amanda Rodrigues de O. Lopes.

“Fica difícil para o homem entender que a mulher não está a fim, já que, ao contrário dele, ela não depende de ereção para ter uma relação. Logo, na cabeça masculina fica pairando uma série de porquês. É preciso compreender que, ao contrário dele, que tem um estímulo muito mais visual, ela precisa do toque para se excitar”, aponta Ana Paula Junqueira Santiago, ginecologista e sexóloga do Hospital São Camilo, de São Paulo.

A vida moderna, com o decantado corre-corre da mulher tendo de ajudar no orçamento da casa, também é fator fundamental para exterminar o desejo. “É complicado para ela trabalhar o dia todo, às vezes ainda estudar, cuidar dos filhos e, no final das contas, ter apetite sexual”, diz Ana Paula.

GRAVIDEZ E MENOPAUSA

Embora de incidência pequena entre suas clientes, a médica ainda aponta certas disfunções orgânicas – como desequilíbrio hormonal e alterações anatômicas ou de circulação da genitália – como fatores, que inibem a libido. “Essas alterações existem, mas ocorrem em um número pequeno de mulheres, excetuandose casos como gravidez e menopausa, em que naturalmente se tem um baixo apetite sexual. No entanto, a maioria dos casos se origina mesmo em fatores psicossociais”, analisa Ana Paula Junqueira.

LIBIDO A MIL

Eis algumas dicas para afugentar a preguiça de vez de sua cama:

– Opte por alimentos ricos em grãos, que auxiliam na boa digestão, folhas verdes-escuras, carnes. “Fuja de pratos de difícil digestão. Por exemplo, quem é que vai se animar a ter uma relação depois de ingerir uma feijoada?”, indica Ana Paula Junqueira Santiago.

– Faça uma atividade física regularmente. Afinal, é preciso ter um bom condicionamento para o sexo, que demanda certa dose de esforço;

– Cuide da saúde mental, do vínculo afetivo com o parceiro e cultive a autoestima. “Goste do seu corpo, não do da Gisele Bündchen”, alerta Ana Paula;

– Lance mão das fantasias e tenha sempre bom humor. “Ninguém pensa em sexo estando mal-humorado”, conclui a especialista.

“É complicado para ela trabalhar o dia todo, às vezes ainda estudar, cuidar dos filhos e, no final das contas, ter apetite sexual”

Villa Vita – Clínica Médica e Odontológica
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